domingo, 1 de janeiro de 2017

Ano novo

A cada três meses, quando mudam as estações, eu gosto de vir aqui e escrever algo. Às vezes o tempo é escasso, então eu só desejo uma feliz estação para quem estiver lendo. Este ano, eu não consegui escrever nada aqui quando o verão chegou. Em vez de me chibatear (que é algo que faço com muita constância) por não ter escrito nada aqui, resolvi refletir e vi que não escrevi nada simplesmente porque eu não estou tendo verão. As coisas estão nebulosas, um tanto escuras na minha vida, e minha estação interna não combina com a estação que está aqui fora. Eu aceito e acolho esse sentimento.

Eu tenho chorado muito. De medo do que está por vir, embora eu esteja no controle da situação. Já perdi parte da minha estabilidade e agora caminho para a falta de estabilidade total. Dá medo, dá desespero, dá aflição. A sensação de que não sei o que estou fazendo é constante por aqui. Para onde estou indo? O que quero da vida? O que me aguarda lá na frente? Por que tenho que passar por isso? Por que está tudo desmoronando? E por que eu mesma estou derrubando tudo?

Minha carta para essa estação é Medusa, transformação. Taí o oráculo que não me deixa escapar do processo. E, falando em oráculo, eu quero deixar aqui meu agradecimento a todas as mulheres da Deusa, sábias conselheiras, que me acolheram em 2016 e tentaram me mostrar os melhores caminhos por meio de sua sensibilidade, de seus oráculos diversos e de seu ombro amigo. Vocês sabem quem são.




O sol está lá fora, mas eu ainda não consigo enxergá-lo bem, eu digo com os olhos da alma.

Mas de repente eu decidi que quero brilhar com o sol. E, quando a oportunidade surgiu, eu fui para a praia. Pedi que Afrodite e Iemanjá me guiassem em busca da beleza quando adentrei suas águas. Mas não da beleza do corpo, e sim para a beleza da vida.  


Nos últimos dias, eu me queimei com o sol e, depois disso, veio a sabedoria me dizendo que a etapa seguinte é trocar de pele. A natureza está sempre ali, basta ouvirmos seus conselhos.

Em 2017, eu escolho, e tento, de novo, uma vez mais, cuidar de mim. Cuidar da minha saúde, da minha cabeça. O autocuidado, que já esteve presente aqui no blog, será minha palavra de honra comigo mesma a partir de agora.

Desejo que você também consiga se cuidar, enxergar sua beleza, seja ela interna ou externa, e que os ventos da mudança possam soprar sobre você com carinho. 

Que você possa sentir o fogo do sol na sua vida, que ele te aqueça e te anime a fazer o que você ama.

Porque a vida é que nem as águas. Ela vai e vem. E a gente nunca sabe o que as ondas vão nos trazer. Viver à deriva também pode ser bom. Ao menos é isso que vou tentar aprender.